Prezados alunos, segue o seguinte texto sobre A revolução digital para vocês lerem e depois responderem as duas questões abaixo.
Desejo uma ótima semana de estudos.
Vocês também podem obter mais informações
sobre esse tema através do site:
A revolução digital
Texto e papel.
Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.
Disse “pareciam”,
assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação.
Secular, a união
não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a
cada fim de tarde.
O texto mantinha
com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia
condicionada à produção de celulose.
Súbito, a palavra
descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores.
Entram as nuvens de elétrons.
A mudança conduz
a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe
de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.
E isso é bom.
Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos
pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.
Em outras palavras:
falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o
cérebro, produzindo uma circulação de ideias que gera novos textos.
A Internet é, por
assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores.
Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente
arriscar textos próprios.
Otto Lara Resende
costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de
correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles
prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia desses”.
Não sei se teve
tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria
surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.
O papel começa a
experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A
era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou,
por outra, estamos pressionando a tecla “enter”.
SOUZA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo, São
Paulo, 6 de maio de 1996. Caderno Brasil, p. 2.
1-) Com base na leitura feita, é correto afirmar que o
objetivo do texto é:
a) defender a parceria entre o papel e o texto como uma
história de êxitos.
b)
discutir as implicações da era digital no uso da escrita.
c) descrever as vantagens e as desvantagens da internet na
atualidade.
d) narrar a história do papel e do texto desde a
antiguidade.
2-) Sobre o texto dissertativo, é correto afirmar que:
a) Trata-se de um tipo de texto que descreve com palavras o
que se viu e se observou. Tipo textual desprovido de ação, em que o ser, o
objeto ou o ambiente são mais importantes. Valorização do substantivo e do
adjetivo, que ocupam lugar de destaque na frase.
b) Tem como principal objetivo contar uma história, seja
ela real ou fictícia e até mesmo mesclando dados reais e imaginários. Apresenta
uma evolução de acontecimentos, ainda que sem linearidade ou relação com o
tempo real.
c)
Tipo de redação escrita em prosa sobre determinado tema, sobre o qual deverão
ser apresentados argumentos, provas e exemplos a fim de que se chegue a uma
conclusão para os fatos abordados.
d) Tipo de texto que indica para o leitor os procedimentos
a serem realizados. Nesse tipo de texto, as frases, geralmente, estão no modo
imperativo.
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