1-)
Leia a seguinte poesia de Mário de Andrade e responda.
O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras…
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal…
Intermitentemente…
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo…
Cantabona! Cantabona!
Dlorom…
Sou um tupi tangendo um alaúde!
dos homens das primeiras eras…
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal…
Intermitentemente…
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo…
Cantabona! Cantabona!
Dlorom…
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In:
MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de
Mário de Andrade.
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é
recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é
a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como
“coração arlequinal”, que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.
b) verificado já no título, que remete aos repentistas
nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas
folclóricas.
c) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde
(civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto
Antropófago, de Oswald de Andrade.
d) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões
como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente”
(v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos
homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes
indígenas.
2-) Após estudar
na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a
cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa,
Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou
as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que
valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros artistas modernistas:
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas
acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os temas
nacionais.
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até
então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística nacional.
c) representaram a ideia de que a arte deveria copiar
fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa.
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras
retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada a tradição acadêmica.
e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras,
respeitando limites de temas abordados.
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